a fingir que o dia do Teatro é hoje ou Teatro é jogo de gestos comuns

Representar significa tornar presente de novo. Como tal a acção e a comunhão dos gestos efectuados, a partilha do momento são elementos fundamentais da representação, presentes desde sempre . Representar faz parte da natureza humana: esses gestos e sons que recriam e revivem acontecimentos são, como a dança, forma de comunicação. Mas são também forma de interagir com o que sobressalta, com a dúvida e forma de leitura do real.
No dia-à-dia a representação também ocorre, sempre que adoptamos um papel, sempre que mascaramos, fingimos disfarçamos. é uma forma de invenção, criação nem sempre usada pelas melhores razões. Induscutivelmente faz parte da natureza humana: em crianças todos passamos pelos jogos de índios e cowboys onde no primeiro momento se distribuiam os papéis. E fingir é uma forma de brincar, usando elementos simbólicos comuns, gestos mimados, convencionais,como o pintor usa a cor para chegar à forma. Mas fingir e mentir são coisas diferentes e quem assiste habitualmente distingue e só bate palmas quando quer!!!!!!

pic da nana








imagem da peça:"Como um carrocel à volta do Sol" do Teatro
de marionetas do Porto.

guess what???

É Primavera e tenho uma "huge" novidade!
Guess what??há Primavera em mim.Ou "Houston,calling...: temos hospedeiro!!" que já avistei na ecografia!!
É favor torcer por esta equipa!!

Comprovadamente:

Desta vez fui eu a fazer um teste!E deu positivo

parabéns, pai

Hoje é dia do Pai, até a Coca-cola estava a oferecer gerberas aos cavalheiros no Centro Comercial.
Necessariamente este post é feito de palavrinhas para o pai, o meu, claro:
No dia do pai damos Parabéns e agradecemos num beijo o que não cabe em mil palavras.
Ensinaste-me o olhar curioso e destemido, herdei a teimosia e o nariz empinado, e mesmo quando andamos às turras, saber-te por perto faz o mundo mais bonito e mais apetecível.
Tu sabes:"não há pai para o meu pai!"

já comecei

Primeira aula com o 8º ano e mal entro, a funcionária vem informar-me que tenho que apurar quem foi o menino que partiu o vidro.Prontifico-me a colaborar ainda que comente: se eles disserem” em jeito de dúvida, mas comecei por dizer que faria uma pergunta daí a pouco, nada pessoal mas apenas enquanto Directora de Turma que teria que comunicar com os Encarregados de Educação.E primeiro intercalei, para acalmar as hostes, o teste diagnóstico que foi correndo: uma primeira parte de gramática e umas perguntinhas sobre “Sexta-feira ou a Vida Selvagem”.Depois de estar resolvido o primeiro exercício gramatical, formulo então a pergunta previamente anunciada:
Quem foi o autor do acto que levou ao acidente com o vidro?e logo uma menina se prontifica a responder com entusiasmo, depois de levantar o braço efusivamente e ao meu sinal:
- Michel Tournier!!!
Eu estava a pedi-las !! Descomprimimos em risada e lá se acusou o culpado que foi ao Conselho Directivo por seu pé.Impagáveis.

Tal como um casaco florido num jardim.

dá cá cinco

O asterisco andou a acelarar e encerrou a semana com um voto decorado ao estilo da fórmula um, em resposta à velocidade aqui fica este mimoso video:
os motoqueiros são aquela "raça",rápidos e porreiraços:sempre simpáticos,cumprimentam toda a gente!! espreita aqui

já sem o 12º ano, a caminho de 7º e 8º

Já deixei os alunos do 12º ano e estou prestes a conhecer novos alunos e mais pequenitos.As turmas que tive, durante menos de dois meses, eram simpáticas e portavam-se lindamente: gente crescida é outra loiça!!
Enfim, para verem os cool referidos, fresquinhos como a sevenup,fica a pic,espero que não se importem:

um ano de tralhas

Comecei esta página há um ano!
um ano(Eh-lá.Eh-lá).
Um ano de palavras e imagens, comentários aqui e por aí.Não sou muito dada a datas pelo que não antecipei celebração alguma e não sei que número de visitas marca o contador hoje mas fico contente realmente e continuo a gostar deste espacinho com o entusiasmo do costume.

nana em versão matrix muito próprio para comemorar virtuais aniversários e note-se que não era Carnaval!!

O tralhas continua com as trapalhadas do costume e as que aparecerem de novo.
Let's celebrate, pois.Não fixo datas, mas não perco um motivo para celebrar.

Ainda Carnaval

As festas de Carnaval eram o melhor do Carnaval quando era pequenita:com fatiota alugada ou improvisada.Lembro-me de ir com as primas às festas do Ateneu.Aí ocorria um concurso de máscaras para o qual havia quem se empenhasse a sério( aguentando ovos à cabeça para dar realismo ao traje!) com maior ou menor proveito!Nunca cheguei a perceber bem qual era o prémio porque o nosso entretém era outro!!Nosso querendo dizer eu e a minha "sisterna" mais nova: bom, bom era a recolha dos confettis!!
Por alturas carnavalescas ofereciam-nos (um tio mãos largas!!)dois pacotes de serpentinas e um saco de confettis.Os últimos eram objecto não querido lá por casa, nessa altura a alcatifa estabelecia grande amizade com os papelinhos coloridos.Pesadelo para a limpeza.
Na festa era a grande oportunidade.A grande habilidade era recolher no meio de pernas fantasiadas e pés em movimento,em saco os "milhentos" confettis do chão.Limpavamos o chão sem autorização e no final cada uma tinha confettis para dar e vender!
Em casa não durariam muito pelo que foi explicado acima, mas para fazer face à frase:" onde já se viu gastar dinheiro em pedacinhos de papel?"era um bom estratagema e fartamo-nos de rir e espirrar à custa da "apanha dos confettis"!

II
Aqui fica o artista, Caracolinha, ou melhor um niquinho do que ele é!
Quase perfil!

carnaval, pois então

No Carnaval a carne vale e a prova mais que evidente disso é a forma como se multiplicam na tv, fartura tropical,os traseiros e mamocas exibidas com movimento e música de fundo, e com a família toda em redor da mesa a assistir e comentar, tendo por único embaraço à visibilidade da nudez plumas coloridas. Onde vai já a púdica parra do envergonhado Adão! Com os calores vieram os exemplos do abana-abana a que alguns cheios de optimismo chamam samba e mesmo sem ritmo nas veias, desengonçados e perros aqui vai uma imitação cheia de esforço(e alguém filma!)
Nas festas inevitavelmente virá um combóio ao som de “Charlie, meu amigo Charlie Brown” para não falar de êxitos mais recentes como o “Miiiiila,mil e uma noites de amor com você!”E copos até dizer chega porque de outra forma não se aguenta a música e pulinhos!!
Já não tenho pachorra para estes excitamentos a começar a hora previamente marcada e com local em reboliço e falta de metros quadrados disponíveis.
Cabeleiras e nariz vermelho soam a farda de trabalho para o palhaço do circo e se assistes a palhaçada o ano inteiro,que vontade há de pintar de cara?
Não houve máscara, mas foi como ir ao baile.Sem cortejo ou desfile, mas com "viagem à volta do meu quarto"como dizia Garret, com janela virtual, ainda por cima.
Já me mascarei várias vezes e o disfarce sempre de nós fala, por antítese ou hipérbole.Já fui cigana, africana, palhaço,punk, jogador de futebol, grávida, motoqueira em disfarces carnavalescos.
Hoje apetecia-me mascarar-me de teenager:
Inconsciente, irresponsável, como o "Sweet litle sixteen" dos gnr:
Centrar-me no umbigo e não franzir o sobrolho por dores alheias; pensar o tempo infinito e as possibilidades infindáveis;Perder meia hora com a pala, e uma em inspecção de pontos negros no nariz.E música e música, que nos fala e guia, e desvenda o sentir humano,resumindo-o,ou melhor sintetizando e anunciando-o em forma de desejo que se cria.
E também porque é um disfarce que não exige demasiados adereços.
Para quê complicar?